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quinta-feira, novembro 24, 2011

Reparação tardia. Descanse em paz!

Marcos Mariano da Silva, 63 anos, passou as duas últimas décadas de sua vida esperando que a justiça fizesse seu trabalho. Esquecido no cárcere, o ex-mecânico passou dezenove anos na prisão, acusado injustamente de homicídio e fuga.

A história de seu sofrimento comoveu muita gente.  Nos últimos dias o caso, ou melhor, descaso tem alcançado ampla repercussão nos meios de comunicação. Conhecido como o maior erro judicial da história do Brasil.

Marcos Mariano morreu no início da noite desta terça-feira (22), em sua casa, no bairro de Afogados, Recife, enquanto dormia algumas horas depois de saber que o Superior Tribunal de Justiça negou recurso do governo de Pernambuco e determinou o pagamento da segunda parcela de uma indenização por danos materiais e morais.

O valor total da indenização era de R$ 2 milhões. Ele já havia recebido metade em 2009 e esperava pelo restante da indenização. Quantia esta contra a qual recorrera o governo de Pernambuco.

Para alguns pode até parecer muito, não é verdade? Um milhão já seria o suficiente, porém não para um homem abandonado por esposa e filhos e desempregado, depois de ter sido preso injustamente por um crime que não cometeu, ser solto e preso novamente como fugitivo. Nunca teve direito a um julgamento. E como se não bastasse, foi acometido pela tuberculose e ficou cego durante uma rebelião.

Realmente parece o que o advogado afirmou aos noticiários quando falava a respeito da morte Marcos Mariano logo após saber da decisão do STJ: "Foi como se ele tivesse aguardado a corroboração da sua inocência para poder morrer em paz". O advogado ainda disse ter sido testemunha de sua "agonia e luta para provar ser um homem digno e honrado".

Mesmo se estivesse vivo, o Sr. Marcos esperaria muito para receber a mais do que justa indenização. Agora seus filhos o substituem nessa espera.

E ainda dizem que o problema da justiça no Brasil é a morosidade, será? Entre muitos e outros tantos fatos, esta é uma história que envergonha um país. Quantos esquecidos pela justiça brasileira ainda existirão?


Mais informações sobre o caso em: ultimosegundo.ig.com.br

Royalties do petróleo: eis a questão!

É até difícil de começar...
De um lado meu coração grita de desespero por tanto egoísmo e hipocrisia e de outro fala o senso prático e lógico. No cenário de uma das questões mais polêmicas de nosso país no momento, é ridículo ver como os governantes contrários à divisão dos royalties do petróleo argumentam demonstrando o lado mesquinho da humanidade. Se o tesouro tá mais perto do meu quintal então é meu... e blá blá... nós gastamos com isso, nós gastamos com aquilo... A ambição já saltou aos olhos desde que foi divulgada a descoberta da camada do pré-sal.
Os estados ditos produtores já lucravam sozinhos com o petróleo. Agora depois de uma imensa descoberta, viu-se que devido à extensão da futura riqueza poderia ser divida com todos. Afinal o tesouro é do país BRASIL, e não de estado b ou c, ou de fulano e de beltrano, então por que não dividi-lo com todos os estados que formam este país.
Parece que o que outros países ainda não fizeram, devido a evolução diplomática e tal, nós mesmos iremos conseguir: iniciar uma guerra pelo petróleo.
Certo que minhas palavras forçam certo exagero. Mas é só parar para acompanhar um pouco e escutar como soam terríveis aos nossos ouvidos todas as afirmações, colocações feitas pelos políticos de nosso país. Estão literalmente se enfrentando. De um lado protestos nas ruas contra a redistribuição dos royalties do petróleo, e de outro mais protestos a favor.
Já temos futuros manifestos sobre a questão agendados para os próximos dias. Nossa, custa muito engolir tudo isso ao lembrar-me dos mesmos políticos falando sobre humanidade, respeito à vida, qualidade de vida, solidariedade, incentivos ao trabalho voluntário....
Será que a renda deste país já não está muito mal distribuída? Entre tantos planos para acabar com as desigualdades, vêm todos esses tais e querem que a desigualdade fique maior ainda?
Ou será que é preciso que tantos outros peões continuem o êxodo eterno de suas terras em busca de emprego, de uma vida melhor, levando mão de obra para certos estados... Por quê? Por quê?  Por que não aproveitar a riqueza dada pela natureza para pôr em ação tantos projetos para acabar com a pobreza, a miséria??
Acho que infelizmente sei a resposta: porque a miséria de nosso país está na alma.

Alguns conceitos sobre o assunto você pode encontrar no wikipedia.org

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